quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Ainda “desviam” pouco!

A “alegria interior” que sentimos, juntamente com o “orgulho bacoco”, quando uma qualquer entidade governamental ou parlamentar (é ver os autarcas de “papo” inchado para a fotografia) visita a nossa terra, é, inexoravelmente consequência da nossa natural maneira de ser. Vejam o que se passa em países, nossos “parceiros”, quando as autoridades abusam um pouco mais do que lhes é permitido pelo povo. Olhem para França, Grécia, Itália e mesmo outros mais “calmos”. Olhem que, por enquanto, ainda não nos proíbem de ter antenas nas varandas (só, às vazes, os condomínios).
Por isso, pela maneira como lhes voltamos a cara para que possam esbofetear-nos na outra face, digo que ainda nos roubam pouco (a auto-confiança, o querer). Deviam-nos esperar à saída dos bancos ou estações de correio para nos levarem ordenados e pensões. E, levam a vida a encobrir-se uns aos outros, sejam de esquerda ou de direita! Também, parece que é a única coisa em que estão verdadeiramente de acordo. Má q’jêtos?

A cada um aquilo que merece

É reconhecida pelo patronato estrangeiro a capacidade de trabalho dos portugueses. Todavia, no seu país, o português não passa de “carne para canhão” e é sempre considerado um “estorvo” para as empresas. Curioso, não acham? Pelo “pensamento portuga”, os empresários estrangeiros são todos uns falhados e os nossos é que são uns “barras” na matéria.
Um parente da minha esposa, ex-emigrante em França, ainda do tempo da passagem das fronteiras a “salto”, depois de reformado, contava uma história que devia entrar no ouvido dos nossos empresários bem como nos dos trabalhadores portugueses (ao Carvalho da Silva é inútil falar assim, ele não consegue apreender a “coisa”).
Dizia ele: _Ora, se eu ganho trezentos contos (era em França), tenho que produzir mensalmente para o patrão outro tanto mais uma quantia igual para ele cumprir com ordenados, impostos, segurança social e lucro da empresa e, quando há muito serviço, produzir um pouco mais ainda para a actualização e modernização da empresa nas ajudas a prestar ao pessoal (residência temporária quando as obras a efectuar se localizavam longe da sede), cantinas, dormitórios , actualização dos gabinetes de engenharia e escritórios, etc.
É tal e qual o “pensamento” reinante em Portugal, não acham? Enquanto assim for, nunca iremos a lado nenhum. E, o “patrão” mencionado, não tinha Porsche nem Ferrari bem como a esposa e filhos. Eram Peugeot e Citroen, modelos de média gama. Mas, tinham uma boa empresa com o nome limpo na praça o que atraía a freguesia.
Para quê tanta “mania” num país em desagregação moral e material, má q’jêtos?

C’um catano!

Mas será que os políticos não conseguem dizer a verdade uma vez que seja? Ouvi as reacções dos vários partidos ao veto do senhor Presidente da República e nem um só que fosse, da direita à esquerda, conseguiu dizer a verdade.
E, verdade, verdade é que, enquanto os emigrantes forem votando por correspondência, independentemente da percentagem de participantes no acto, o PSD terá vantagem nisso. Pelo contrário, o PS é prejudicado. É claro como poucas realidades!
Assim, a imagem que mostram ao povo é a de garotos à bulha por causa de um chupa-chupa. Sinceramente, má q’jêtos?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Milhões que o Estado recusa cobrar

No sector automóvel, em Portugal, ninguém sabe o chão que pisa. Desde as várias marcas que têm cá linhas de montagem, fábricas de componentes e acessórios, comerciantes do ramo e até o elo final, o consumidor.
As nossas autoridades de trânsito, baseadas nas directivas dos governos, têm perseguido aqueles que fazem movimentar a economia no sector: os apaixonados pelo “tuning”. Que mal fará instalar certos acessórios que tornam as viaturas muito mais seguras, mais bonitas e, em certos casos, menos poluentes? Não podem empregar uns quantos engenheiros que trabalhem? Inspeccionavam as viaturas e diminuíam a percentagem de novos formados no desemprego. E, por acaso, até não são eles, na esmagadora maioria, os que atropelam a lei pondo em perigo a sua e a vida dos outros em corridas descontroladas.
Senhor ministro das finanças, quer equilibrar as contas? Ora, tome lá atenção!
Eu próprio, adquiri uma viatura na década de noventa do século passado, viatura que me fez ter “aquela sensação”. Veículo japonês de 1976 a imitar os “Mustang” americanos do fim da década de sessenta. Motor (1.6 com 2 carburadores duplos) impecável, nem um pingo de óleo mas, estado geral de “pré- galinheiro”. Palha, já tinha. Custou-me duzentos e cinquenta contos (raridade) e gastei três mil e quinhentos contos para o pôr como está hoje. Queria introduzir-lhe uns melhoramentos (agora que fomos contagiados pelos programas de televisão), especialmente um motor menos poluente, mas… olhando às caquéticas leis que temos, não vale a pena. Depois, não o conseguiria legalizar. Para alindar uma viatura, o Estado “comeria” sempre à nossa mesa. IVA dos componentes, IVA das oficinas bem como IRS dos mecânicos e IRC das firmas intervenientes. E, movimentação deste sector já para não falar dos impostos sobre a própria viatura. Assim, parecemos todos uns condenados a caminhar para a forca.
Mas… Já sei! Estava a esquecer-me de uma coisa muito importante neste país. Alô… Alô! Filhos de senhores Ministros e de Secretários de Estado, não há nenhum que goste do “tuning”? Uma cunha do papá e Portugal dava um saltinho em frente. Então, não há nenhum? Têm todos um Porsche ou um Ferrari? Olhem que os Aston-Martin estão na “berra”. Má q’jêtos?

Os papões

Desde pequeno que, por várias razões, frequento amiúde a zona alentejana constituída pelos concelhos de Odemira e Santiago do Cacém. Todos já ouviram falar, certamente, que as senhoras que efectuam limpezas e arrumações em casas particulares (as vulgarmente denominadas mulheres a dias) são um importante “meio de comunicação” geralmente bem informado.
Posto isto, tenho a lamentar o que tem acontecido com o caso “Casa Pia”. Há mais de quarenta anos que na zona, em surdina, se ouve falar que senhores importantes de Lisboa traziam para passar o fim-de-semana, “meninas”. A coisa foi rolando e o imaginário dos habitantes masculinos engendrava noites “pecaminosas”. Afinal, pensa-se agora que não seriam meninas tipo “cabaret”mas sim crianças e, nem todas, meninas.
Eu não pedia mais nada além do que vou dizer:
1- Juízes aptos a ditar sentença.
2- Sem contactos entre arguidos e entre advogados, monitorizar os arguidos através de aparelhagem que registasse ritmo cardíaco, respiração sistema nervoso e segregação de suor.
3- Dar conhecimento aos arguidos do nome de algumas localidades.
4- Verificação por técnicos habilitados dos resultados obtidos e execução de relatório a apresentar aos decisores.
Só isto. Nem polígrafos, nem falar mais de Elvas nem mais “espectáculo mediático”. Já estamos a ver que mais tarde ou mais cedo ainda vamos ter que indemnizar possíveis culpados. De notar que, entre os arguidos, há quem tenha ou tenha tido “casa” na região indicada. É bastante fácil verificar isso, se quiserem. Porque nunca se falou nisto, má q’jêtos?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Brincadeira?

Há anos, assisti no canal SIC Radical a um “talk show” americano e, a certa altura, diz o humorista: _A Comunidade Europeia foi a maneira mais simples que os políticos americanos encontraram para atrasar o desenvolvimento da Alemanha, principalmente com a introdução da nova moeda após a queda do Muro de Berlim!
Ora bem… se isto foi uma brincadeira, de certeza que a Casa Branca já contratou o homem para o manter calado. Má q’jêtos?

Inverdades

Com que então, senhores políticos, para nos “xaringar” até ao dicionário recorrem? Pois é, vocês não dizem mentiras como qualquer simples mortal, dizem inverdades. Não acham que assim, aos olhos do povo, cada vez se tornam mais odiosos? É que vocês são alimentados por nós, já se esqueceram?
“Veritas odium parit”, a verdade gera o ódio. Pois é, mas penso que, com as mentes tortuosas que são induzidos a possuírem, interpretaram mal esta máxima latina, adaptando-a aos vossos propósitos. Assim, ao acusarem um vosso parceiro de lides, ainda que de uma linha oposta à vossa, dizem que foi afirmada uma “inverdade” e não que o fulano é um mentiroso, pura e simplesmente.
Queixam-se de que o povo não lhes dá o devido valor! Mas, o que querem mais? Por via de uma cunha ou de prática de acções que não são próprias de quem as manda executar, conseguem um lugar. Traem tudo e todos à medida que “amarinham” e, depois de desviarem, em alguns casos milhões, têm uma super-reforma até irem p’ra p… que os pariu! E, claro está, a salvo da condenação de qualquer juiz, classe que por vossa vontade já devia estar submetida ao funcionalismo público.
Ainda querem mais deferências em vez de vos partirmos os cor…? Má q’jêtos?

Será possível?

Os meus padrinhos faleceram sem deixar descendência e, também como primos, a mim e à minha irmã, legaram-nos alguns bens, assim como a outros familiares. Tudo bem. Pagaram-se os impostos devidos (é giro os nossos políticos terem-se gabado de acabar com o imposto sobre sucessões e doações e terem criado outro mais pesado, afinal, onde o sujeito passivo tem, algumas vezes, que alienar património para poder pagar a nova “receita”, para já não falar do fim de isenção de mais-valias em relação a bens adquiridos a partir do ano de 1989) e, como havia desanexações a fazer, para cumprimento do testamento, pôs-se pessoal a trabalhar nesse sentido. Da minha parte, consegui desembaraçar o novelo. De outra pessoa incluída no testamento, tratei de avançar com a papelada mas, como era um artigo rústico, tinha que se tratar com o Instituto Geográfico e Cadastral. Tudo bem. Entretanto, a advogada encarregue da papelada, quando comecei a desconfiar, “levou-me” mais de cem contos (moeda antiga) para não me fazer nada e ao outro senhor “levou-lhe” trezentos e cinquenta contos para não lhe fazer coisa nenhuma (já viram porque há tantos formados em direito na classe política?) alegando que já lhe tinha tratado de tudo e ele já podia demarcar o terreno. Consultei o processo e a funcionária das Finanças confirmou-me que estava tudo como antes. Mas, como era uma pessoa conhecida, em voz baixa, perguntou-me se tínhamos pago a “urgência” no IGC. Se não, o processo iria estar na gaveta durante pelo menos (???) quinze anos e, depois, poderia levar até dez anos a ser despachado. Casos semelhantes, tinha-os ela nas prateleiras com fartura. Engoli em seco (nesse instituto devem trabalhar p’ra caramba), pelo pobre senhor e informei-me dos custos. Cinquenta contos. Lá avisei o senhor e, penso eu, depois de ter pago ainda espera, doze anos volvidos.
Como tenho o nome parecido com o do defunto (não, não me mataram mas deram vida ao defunto), na Repartição de Finanças de Odemira, quando informatizaram a “papelada”, inscreveram em meu nome alguns artigos e, na confusão, acabei por pagar imposto desses bens que não me pertenciam durante uns bons anos (três, se bem me lembro). Uma herdade com quase quatrocentos hectares, uma courela e uma casa. Bem bom, não acham? Lá expliquei, quando dei por ela, que naquele momento, a herdade pertencia, mais de metade à Portucel e, o resto, ao senhor anteriormente referido e aos meus primos, incluídos no testamento. A courela, em vida do casal, foi cedida à Casa do Povo ou à Junta de Freguesia, não sei bem, a um preço simbólico. Como ficava junto à Estrada Nacional, fizeram um largo para as camionetas da “carreira” darem a volta sem empatar o trânsito e puseram uns bancos para os velhotes “lobrigarem” as “maganas” a apearem-se ou subirem os degraus das “carrêras” com aquelas mini-saias… Quanto à casa, no período “quente” da Reforma Agrária, os meus padrinhos foram visitados pelo “comité” lá da terra e eles, pessoas simples, dirigindo-se principalmente à minha madrinha, filha da terra, sossegou-os quanto à tomada das terras, pois todos eles tinham na memória que na sua casa, em solteira e depois de casada, nunca faltou pão e uma sopa a um pobre ou “agasalho” onde passar uma noite fria ou de tempestade. Também, nunca um trabalhador foi chamado à “pedra” naquela casa, sem razão. Como vêem, os comunistas (a sério) não “comiam crianças” ao pequeno-almoço. Os da capital é que, sem pensar duas vezes, fizeram sofrer o povo mais do que ele já sofria. Pois bem, toda esta gente se esqueceu de registar os bens (a casa foi “simbolicamente” vendida ao PCP) e eu é que me lixei. Para reaver esta quantia era preciso tanta coisa que, desisti. Alguém, entretanto, não pagou algum imposto e o falecido em 1988 está quase a ser penhorado em 2009. Aproximadamente cinquenta e cinco euro em falta nos cofres do estado (aí está a justificação para a crise económica). Já fui sete vezes às Finanças de Odemira, duas vezes às de Faro, escrevi à DGCI em Lisboa (nem à m… me mandaram) e já devolvi não sei quantas cartas com a nota de “falecido”. Decidi não fazer mais “puto” e ver onde vai dar. Má q’jêtos!

Pescas

Porque será que os nossos comerciantes dedicados à comercialização do pescado, podem vender peixe vindo de Espanha em caixas de madeira e, cá, só podem utilizar vasilhame de plástico? “Minhoquices” da ASAE, de certeza. O que interessa é que o peixe seja fresco e não com dois ou três dias de gelo para cumprir todas as burocracias, possas! Vamos dar um passeio à Andaluzia, nem que seja para comprar gasolina e nos restaurantes, comemos “petiscos” de tamanho proibido em Portugal (mas não há problema pois eles vêm pescá-los cá, são de confiança). Por falar em Andaluzia, um comerciante mostrou-me a sua licença de pesca (sou a favor, mas não com o desatino introduzido pelos legisladores). A minha, válida por um ano, de pesca embarcada, zona de Faro, exclusivamente, custou-me trinta euro, se não estou em erro. A dele, válida por três anos e para toda a costa da Andaluzia (penso ser ligeiramente maior do que a zona de Faro), custou-lhe a “fortuna” de cinco euro. Como se vê, na óptica dos nossos ilustres governantes, igualdade de tratamento e oportunidades para todos os cidadãos da Comunidade Europeia. E, nos locais onde a pesca é proibida, nem se fala. Só mentes retorcidas poderão compreender o que foi legislado. Também, pelo que têm feito às nossas indústrias, pescas e variedade de explorações agrícolas, não é de estranhar a continuidade da linha de pensamento: Santos de casa não fazem milagres (o que é produzido cá, não dá lucro aos importadores).
Sabem onde é o “Parque Nacional de Doñana”? Sim, ali para as “bandas” de Huelva. Pois, há anos, “nuestros hermanos” arrasaram a espécie de caranguejo que produz as afamadas “bocas”. No hay problema! Repovoaram-no com especimens que vieram retirar da nossa Ria Formosa, nas barbas das nossas autoridades marítimas. E, na Praia de Faro, cheguei a ter que esperar que arrastões espanhóis da faina da conquilha terminassem a recolha para poder pescar, de manhã, sem perder o equipamento. Autoridades diligentes e atentas? Não gozem! Má q’jêtos?

Porquê?

Recentemente, através da televisão, fiquei a saber que no passado ano de 2008 o Estado Português recolheu mais de sessenta milhões de euro por via da cobrança das taxas moderadoras. Ora, as nossas doenças pagam “bilhete” para esperarem ser tratadas? Parece que sim mas, quando estudei a constituição, parece que a saúde seria grátis. Estarei enganado? Prometo aqui que, logo que possa, vou a uma livraria comprar o livro (já revisto) que deveria reger a vida de todo o cidadão. Para tirar dúvidas. Há certas… como dizer, acções praticadas pelos nossos legisladores que mereciam via directa para o cesto dos papéis, enquanto projectos, mas… enfim! Por outro lado, de tempos em tempos, é “vox populi” o valor de fianças pagas pelos “pata-roxas” da droga (os “tubarões” nunca batem com os costados na prisão porque, se calhar, depois os polícias ficavam sujeitos a não ter quem lhes desbloqueasse os ordenados). Quando da antiga moeda, ouvia-se falar em vinte , quarenta , cinquenta mil contos. Depois, já podiam continuar o “negócio”, desde que se apresentassem regularmente à autoridade. E os nossos conhecidos, familiares, filhos (nalguns casos) a morrerem na “rua”, numa miséria infame, enquanto outros passeavam os seus Ferraris e semelhantes. Já alguma vez ouviram o Estado Português referir-se a essas verbas, sem as associar, se é que associou, a outras verbas?
Lembram-se da chamada Alta Autoridade Contra a Corrupção? A pessoa encarregue dessa “missão impossível” era o senhor Costa Brás, casado com uma parente minha. Lembram-se de, a certa altura, ele ter pedido um encontro com o Primeiro Ministro de então, o senhor Aníbal Cavaco Silva, e ter renunciado ao cargo, indicando que deveria ser a Polícia Judiciária a tomar conta do assunto? É que, se ao investigar, deparasse com determinados “nomes” que poderiam ter influência sobre algo formado para combater o terrorismo e situações de crise, eu também preferiria atingir a idade da reforma! Má q’jêtos?

P.S.
Digo eu!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Não aprendem

Com o montão de asneiras que os nossos políticos têm feito e parece, têm feito aumentar o património dos familiares para “deixarem fazer”, estamos cada vez mais encrencados. Um casal com dois filhos a estudar e a pagar o empréstimo da casa, de repente, ver-se no desemprego, è horrível. Antes, ainda se tentava conservar um dos membros do casal a receber o ordenado. Agora, safe-se quem puder. Brevemente, acossados pelos credores e pela necessidade, esses desempregados estarão dispostos a tudo para sobreviver e amparar as suas famílias. E, da forma como os membros pertencentes às forças policiais (as baixas patentes) têm sido continuadamente maltratados, duvido que, caso as coisas azedem, lutem ao lado de quem tem chorudas reformas ao fim de dez ou quinze anos a delapidar o erário público, contra a própria família, vizinhos e amigos. Quem se “encheu”, mudar-se-á para outro país e continuará a viver na opulência.
Cuidado, senhores políticos. Pensam que o povo vai ser sempre “sereno”? Estudem os livros de história não a desdenhando. Tanto têm espezinhado o povo e feito da mentira a vossa palavra que está quase a chegar o momento em que nós nos começamos a “impacientar”. E depois de se divulgarem os casos que mantêm este país sob um clima de incredibilidade, pensam que a história recordará os vossos nomes sem ser com ligação a toda esta podridão? Má q’jêtos!

"Obras públicas"

Nos finais da década de oitenta e, aproximadamente, meados da de noventa do passado século XX, camionetas adstritas às obras municipais carregaram material de construção que, contudo, não correspondiam em quantidade às obras indicadas nas guias de transporte.
Na década de oitenta, o destino era a localidade do Montenegro e as guias indicavam material de construção para o “cemitério” do Montenegro. Deve ser uma obra muito pequena pois , até hoje, passados vinte anos, ninguém a viu. Na década de noventa, o destino das camionetas foi a Praia de Faro. Nas guias, indicava-se materiais para construção do “ muro de contenção de areias” da Praia de Faro. Já o viram? E, inclusive, deve ter telhas e outros “enfeites”
Estejam descansados. Também, por “mim”, não vou à procura de duplicados. Certamente, já não existem. E, aperta o cinto, povo, que “Nós” tratamos disto! Já repararam que quando a crise passar (esta crise serve principalmente para os absurdamente ricos adquirirem activos a preços de “uva mijona”) os outros países vão distanciar-se ainda mais de nós, enquanto ficamos mais três ou quatro anos a equilibrar o défice? Má q’jêtos?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Tal Clube, tal Cidade

Li algures que, neste momento, baseando-nos em obras decorridas, a decorrer e por decorrer e à orçamentação, o nosso concelho é o nono (9.º) no “ranking” algarvio. Não pode ser, é a capital! Mas, pensando bem, é capaz de… Ora, vejamos bem. Ligamos o rádio, a televisão em canais, por vezes estrangeiros, compramos jornais e revistas, prestamos atenção ao mobiliário urbano destinado à publicitação e… de Faro, pouco se fala. Portimão, Albufeira, Lagos, Tavira, Loulé, Olhão, S. Brás de Alportel. Acontecimentos desportivos, culturais, recreativos. De Faro, lá aparece qualquer coisa, de tempos a tempos.
Mas, o que queríamos. O nosso Farense, foi o que foi. A cidade, é o que é. Logo a seguir ao 25 de Abril, ainda ouvi falar que a Câmara de Faro era uma daquelas com orçamentos bem estruturados e uma conta corrente, na banca, de respeito. Foi como anunciar na televisão que havia uma capela qualquer, isolada, cuja santa era ornada por cordões de ouro e pedrarias. No mês seguinte, ou nem tanto, tiveram que chamar a guarda. Na CMF, não se chamou a guarda mas veio cá a Inspecção Geral do Território, por mais do que uma vez. Aliás, de uma das vezes nem os extractos bancários em falta foram depois encontrados. Por acaso, dessa vez, ficaram hospedados numa pensão situada ao lado da casa onde nessa altura residia. Viatura (luxuosa) da autarquia com condutor para as deslocações nocturnas aos melhores restaurantes e “divertimentos nocturnos” da época e outros mimos. Afinal, nada a que não estejamos habituados, nos dias de hoje. Afinal, somos ou não um povo hospitaleiro?
Ao contrário do clube, neste momento, só homens sem ligações às administrações anteriores poderão endireitar a cidade e tirá-la do fosso em que está metida. E, que denuncie às autoridades policiais as pressões dos “mafiosos”, identificando-os em resposta às ameaças que, geralmente, consistem em retirarem-lhe o poder, nem que seja pela medida mais radical. Atente-se que, no nosso país, ao prometer ao povo erradicar os mafiosos e quejandos, alguém acabou por manter-se na sua cadeirinha, caladinho, para não ir pelos ares como aconteceu a outro, de boa memória. No clube, terão que ser os “ velhos” a endireitá-lo porque os novos gestores estudaram pela nova “cartilha” e, como as mulas de tiro, só “olham” numa direcção… encher as algibeiras!
Se isto continua, será que a Administração Central nos retira a capitalidade?
Senhores autarcas, não sentem assim como que uma espécie de constrangimento? Não? Má q’jêtos!

Arrendamento

Se há algo pelo qual todos os governos pugnam, é pelo mercado de arrendamento. Pudera! Imagine o leitor que tem um apartamento e uma loja para alugar. Se alugar a loja a uma empresa, tem logo à partida retenção na fonte e, depois, o resto, de acordo com a tabela do IRS. Depois há condomínio, seguro, imposto. Resumindo, quando da construção ou aquisição, o Estado mama. Enquanto exploramos o que nos custou tantas chatices, o Estado mama. Ao falecer, transmitindo os nossos bens aos descendentes, o estado mama e, por fim, se alienamos património, o Estado mama. E, ao fim d uma vida, se tivermos o azar de alugar um apartamento a um sem escrúpulos qualquer, com a m… de leis que temos, ainda ficamos sem ele. Mas, vingança, depois é ele que tem que aprender a lidar com o Estado. Só…, se se tornar fora-da-lei. Aí, tem todas as garantias que a lei lhe concede. Má q’jêtos?

Natureza

Temos no nosso país várias organizações que defendem a protecção do ambiente, da fauna, da flora, etc. mas, e em particular no nosso Algarve, não temos quem defenda as populações atingidas pelas leis que “protegem” tudo à sua volta: Costa Vicentina, Rede Agrícola Nacional, Rede Natura e outras. Defender a variedade, de acordo. E os que vivem nesses locais? E as limitações que, para defesa do futuro, devem ser impostas à própria Natureza?
Antigamente, as vastas extensões hoje quase desertas, como por exemplo, nos concelhos de Alcoutim e Aljezur, eram salpicadas por montes e, quem neles vivia, “domesticava” a Natureza: arranjava caminhos, limpava mato, compunha valados, podava as árvores, esforçava-se por produzir quase tudo aquilo de que necessitava para o seu sustento, comercializando os excedentes e, finalmente, tornavam as paisagens campestres lindas. Hoje em dia, quando não está tudo queimado, está abandonado ou “assassinado” pelos eucaliptos. No entanto, apesar de serem detentores de vastas áreas, a estes “deserdados da sorte”, quando os filhos cresceram e quiseram formar família, tiveram que vir para o litoral ou seguir outros caminhos porque, deixarem que construíssem uma casa ou ampliassem a que tinham, diziam-lhes: _Nem pensar!
Tinha que se proteger a Natureza. E, é curioso, não tenho visto os “ecologistas radicais” a roçar mato ou a tapar buracos nos caminhos por onde fazem os seus “raids” de fim de semana nos seus dispendiosos todo-o-terreno que poluem “bués”(e partem tudo por onde passam). Uma troca ? Só três meses, “ecologistas” nas habitações isoladas na serra e camponeses nas casas dos citadinos com fácil acesso a médicos, cinema, teatro, advogados, comércio, etc. etc.etc.. Quem se fartaria primeiro? Porque não dão oportunidades ás pessoas simples que estas voltam a dar o seu trabalho para manutenção da Natureza? Má q’jêtos?

Previdência

As nossas leis para lidar com aqueles que, constantemente, se sobrepõem aos demais sem sequer se importarem com quem é esmagado pelos seus tacões, foram previamente elaboradas para prevenção de acontecimentos futuros. Reportando-me ao “caso” da actualidade, o Freeport, não há que ter medo. O que no Reino Unido seria elemento de prova, em Portugal, não pode, por determinação legal, ser considerado. E ainda dizem que os nossos políticos são uns incapazes? Em proveito próprio, não! Má q’jêtos?

P.S.
Será que as leis da CE são só para pagar o equivalente aos nossos “colegas” mas com 1/3 ou 1/4 dos seus ordenados e pensões?

Guerras "Familiares"

Como todos sabemos, fazendo uma recapitulação dos “shows” gratuitamente oferecidos pela nossa classe de cidadãos acima da lei (os políticos), haviam no Partido Socialista duas linhas: a dos “soaristas” e a dos “socretinos”(dividindo a palavra, torna-se impróprio). A pouco e pouco, esta “linhagem”mais recente pôs a outra de “ quarentena”.
E, com a discussão da moda, o Freeport, esfreguemos os olhos, pois estão meio- tapados pela areia do deserto da zona de Alcochete. Dizem os habitantes da zona da Ota que, senhores ligados aos três partidos mais à direita do nosso parlamento, compraram vários terrenos entre a localidade do futuro aeroporto e a capital (seria engraçado verificar nas Finanças e depois investigar nos Cartórios Notariais). Porquê? Vai daí, empataram-se milhões numa construção à espera que o povo tivesse dinheiro para atravessar a ponte e ir-se divertir. Anos volvidos, aventa-se a hipótese de construir o aeroporto, não na Ota, mas em Alcochete. Vai lá o ministro e (a areia nos nossos olhos) diz que aquilo parece um deserto. Pouco depois, era concedida à zona a construção do futuro aeroporto internacional de Lisboa.
É claro que, o que escrevi, é pura ficção e, se tiver algo a ver com a realidade, é pura coincidência. Mas, se eu fosse muito rico, não “enterrava” milhões num “deserto” para construir uma “coisa” que tem estado praticamente às moscas. Só se fosse doido, má q’jêtos?

Requalificações

Praticamente, todos saberemos onde se situa a Igreja da Misericórdia, na nossa cidade de Faro, e o antigo Hospital, edifício hoje utilizado para outros fins (e onde pugnou durante alguns anos a minha parente D. Maria Benta, mãe do conhecido clínico Dr. Rui Antão). E, para os nossos idosos, teremos que procurar melhorar a qualidade dos cuidados que lhes são prestados. Tenhamos consciência do que eles já fizeram por nós, com sacrifícios. A propósito, na freguesia de Santa Bárbara de Nexe a terceira idade , bem, tem sido acarinhada o que não acontece tanto com os nossos jovens a quem têm faltado pequenas coisas, sobrecarregando as famílias. Atenção, eles ainda não votam, mas um dia, ao votarem, talvez se lembrem …
Bem, apresentado o local, falemos da sua requalificação no respeitante à “envolvente” exterior. O material utilizado para pavimentação, à vista do “papalvo”, ficam bem ao” olho”. Em piso molhado, quando chove, experimente passar por lá (e mesmo em tempo seco), sem cuidados especiais. Tem semelhanças com o “rallye” da Suécia. Ah…e daí, talvez! Como é difícil arranjar vagas para a terceira idade, talvez eles vão passear, talvez escorreguem, talvez… Cruzes canhoto! Língua depravada e com pensamentos tortuosos, porque não te calas? Má q’jêtos?

Instituições…

Portugal é um país que, embora pequeno, tem sido muito interveniente na História Universal, chegando a ser a maior potência mundial. Bem, até praticamente ao fim do século XVI porque depois, a nossa respeitável monarquia (afinal, dois nossos ex-primeiros , um ficou em”tabu”ado e outro desistiu) rodeada de nobres gananciosos (e deu no que estamos a reviver), entregou-se ao consumo (inventámos a globalização, afinal) e descurou as mais básicas necessidades do povo. Aplaudindo a ascensão dos nossos interlocutores mundiais: Espanha, França, Inglaterra, Holanda, depois a América, definhávamos e enredávamo-nos em questiúnculas políticas até que, um dia, apanhámos com a República em cima. Em cima? Sim, estava na “moda” e, não nos tem sido leve. Já repararam que os políticos republicanos (a alguns, devemos bastante), assim como quem não, orientaram e orientam os seus filhos para que um dia os substituam nas rédeas do poder? “Diferença” exemplar para com a monarquia é que, então, só um seria rei (ou rainha) e agora, podem ser dois ou três à manjedoura do poder.
E, é claro, na altura, 1910, houve logo quem pensasse no futuro e, vai daí, inventaram a GNR. Para assegurar o cumprimento da lei em todo o país, de acordo. Mas, quase um século passado, aparentemente, já deveriam ter mudado o nome a essa instituição. Porque, “entalada” pelas resoluções políticas (e servindo de “cadinho” para obtenção de boas reformas para militares cooperantes), pelo povo, pouco lhe é permitido fazer (ainda me lembro do sentimento de respeito/amizade dos aldeões para com os agentes em patrulha, sentimento esse retribuído). Agora, cada vez mais, é uma força para-militar destinada a manter os “republicanos”à frente do país, nem que seja à força (parece haver povos que só sabem viver sob uma ditadura). Por isso, digo que, seguindo os conselhos que os políticos nos dão nos seus enfadonhos discursos, deveríamos rebaptizar (para apresentar obra feita) essa instituição de Guarda Nacional, simplesmente. Penso já ter passado o tempo em que era necessário andar à bastonada com os “talassas”e, ao mesmo tempo, talvez esse nome correspondesse melhor aos estatutos da instituição. Já agora, os agentes também são gente e gostariam de ter a sua vida particular menos espezinhada. Para que servem os ministros da administração interna? Para filmar os trabalhadores quando fazem greve? Má q’jêtos?

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Eleições à Vista

Se já não se soubesse, quem é português, ficava a saber. Estamos em ano de eleições autárquicas. Para os mais desatentos ou para os trabalhadores estrangeiros que, por acaso, passem os olhos por estas linhas, vou tentar explicar, sem grandes aprofundamentos.
Vêem as valas abertas em ruas e estradas?
E, espalhados por todo o lado, condutas, manilhas, cabos, etc.?
Chegou o ano eleitoral e as Câmaras Municipais, seja qual for o partido político que as controla, lançam no terreno, para “papalvo” ver, todas as pequenas obras que idealizaram e tentam acabar as obras de maior monta que as Câmaras antecedentes “alinhavaram”, chamando-lhes suas. Igualmente, lançam as promessas que, se Deus quiser, alguém, não se sabe quem, poderá vir a cumprir, se calhar…
E, por que razão, nós nos esquecemos sempre de que já os conhecemos e acabamos sempre, ordeiramente, a encaminhá-los para as manjedouras do poder.
Acham que, eventualmente, se um dia os votos em branco derrotassem os partidos por uma esmagadora maioria absoluta e os nossos parceiros europeus viessem, de lupa em punho, verificar o que realmente se passa neste país, eu não me fartava de rir às gargalhadas? Má q’jêtos?

SPORTV

Numa estória anterior, referi-me aos canais temáticos de desporto, conhecidos vulgarmente por SPORTV. Acabei de assistirbo canal SIC NOTÍCIAS ao programa em que é interveniente o comentador desportivo Rui Santos. Queixava-se ele que lhe seria impossível fundamentar os seus comentários ao jogo da última jornada da primeira volta do campeonato da Liga Sagres, Os Belenenses vs. S. L. Benfica, por a SPORTV não ter fornecido as imagens.
A tapar o sol com a peneira? É que, nos últimos tempos, tanto proteccionismo bacoco ao “glorioso”, só o prejudica. O treinador não se entende com os jogadores que por sua vez nada fazem para justificar os “balúrdios” que custaram. A culpa é de quem? Só falta dizerem que a culpa é do “meu” Sporting (atenção, o n.º 1 é o Farense). Certamente ela, a culpa, morrerá “solteira” como naquela ocasião funesta em que a ponte foi abaixo. Tem presentemente um excelente “tacho” e na altura foi-se embora para não ter chatices sendo agraciado pelo “patrão” devido ao seu carácter e sentido das responsabilidades. Toma aí, faz o que eles fazem e não o que te dizem que deves fazer, sê corrupto (são os que recebem o graveto, os corruptores são os que pagam) e não te rales que um advogado matreiro sabe quais são os artigos da lei que te vão safar pois foram introduzidos para auto-protecção de quem os escreveu.
Tem graça, mesmo não lendo a minha estória desta manhã, o comentador Rui Santos acabou por dizer quase a mesma coisa que eu, acerca do Bruno Alves que, esta semana, se portou muito bem. Passar um jogo inteiro a “fazer bem” sem cometer uma única falta, é obra. Como simpatizante sportinguista (não sou fanático, mas o computador diz logo que a palavra sportinguista ou está erradamente escrita ou é desconhecida) gostaria de o ver a jogar pelo Leão (ou Lagarto, se ficam mais “sastefêtos”).
Ora bem, para terminar, senhores jornalistas e comentadores da SPORTV, orgulho profissional e deixem de “bajular” o Benfica pois assim só o prejudicam. Num jogo da Taça dos Campeões, na Luz, contra o Saint-Etienne, o meu compadre assistia ao desafio ao lado de um senhor que, de rádio AM em punho, seguia o relato do mesmo desafio. A certo ponto, o meu compadre ouve o relator que, por acaso era benfiquista assumido (estão a ver, benfiquista já está bem escrito), agritar ao ouvido do seu “vizinho”: _Remate de Eusébio, a rasar o poste!
Foi aí que percebeu que normalmente o relato e a realidade, por vezes, entram em conflito. O poste citado no relato deveria ser o da bandeirola de canto, que foi por onde a bola saiu. Tenho um projector em casa e vejo os primeiros planos em tamanho superior ao real. E, ouço barbaridades em relação ao que realmente acontece! Má q’jêtos?

domingo, 25 de janeiro de 2009

Ser bom Português...

Tendo contraído matrimónio com uma senhora portuguêsa por nascimento (mas porque raios, depois do acordo , temos que escrever as palavras como aqueles que adoptaram a nossa língua? Qualquer dia, autocarro é machimbombo) mas com a nacionalidade venezuelana, tivemos sempre o incómodo de visitar, quando necessário, a delegação do SEF e o consulado em Lisboa.
Um dia, a minha espôsa pretendeu tornar a mudar de nacionalidade, readquirindo a portuguêsa, pois até para ir a Ayamonte, tinha que se ir antes ao consulado espanhol em Vila Real de Santo António. Querias novamente a nacionalidade portuguêsa? Espera lá, que já vai. Ao fim de muitas visitas à conservatória do registo civil e de um montão de papelada a certificar os bens pertencentes ao casal, eis que a senhora doutoura requer um documento que, pura e simplesmente, o estado venezuelano deixara de emitir anos atrás. E “tá aí a porra”. Nem para trás , nem para diante. Era necessário, pela nossa lei, o registo criminal venezuelano. Como os nossos bandidos nem para aprendizes servem na Venezuela, o estado venezuelano, pura e simplesmente, deixou de o emitir. Fomos então aconselhados a mudar a sede de documentação para Loulé pois também temos bens nesse concelho.
Em Loulé, já sabiam que a Venezuela não emitia registos criminais mas… era preciso apresentar um extracto bancário “generoso”. Tivemos sorte. Adquiriram-nos um terreno e conseguimos um extracto bancário “generoso” antes de voltar a aplicar esse dinheiro pois, em Portugal, dinheiro no banco, para nós, povo, é o que presentemente se vê.
Conclusão: A minha mulher já é portuguêsa, o presidente venezuelano já não a chamará para cumprir o serviço militar e, acima de tudo, ficámos a saber que, tem que se ter bastante dinheiro. E a miséria que grassa no país? Má q’jêtos?

"Invejas"

E o (_Fez! - _Não fiz!) que inunda a actualidade política no momento? É compreensível a inveja que os dirigentes nacionais têm dos autarcas. Conseguem “desviar” sub-repticiamente muito menos do que os, teoricamente, seus subordinados. Realmente, não sabia que era cidadão de um país tão rico. É que é preciso ser parvo para não se espantar. E “eles” não se importam com o espectáculo que dão ao povo. Desconhecem o conceito de VERGONHA. Má q’jêtos?

Publicidade

Há aqueles programas onde a publicidade às mais variadas coisas é condensada em blocos e apresentados ao público, geralmente por “figuras públicas” com capacidade de nos fazerem agarrar à “janela” do mundo, acabando por nos distrair.
Todavia, há a outra publicidade. Estamos atentos a um serviço noticioso, vendo o défice a subir, a subir e, pumba. Intervalo para os gestores de empresas que gerem “grandes superfícies” anunciarem os produtos de, pelo menos, duas prateleiras dos seus super-mercados. E o pior, é quando sabemos que vão falar acerca de qualquer coisa passada na nossa região. Nunca mais acabam os pensos higiénicos, os acondicionadores, o azeite, as sopas empacotadas, os detergentes…até que finalmente lá ficamos a saber que o governo ajudou mais um banco…! E nos filmes…dá para anunciar quatro ou cinco prateleiras em cada intervalo. Quando começa a última parte, é mais curta do que o intervalo precedente.
Agora por falar em TV’s. A RTP tem delegação na nossa terra há uma “carrada” de anos. As outras, SIC e TVI, mais recentes, são contudo mais intervenientes e apresentam trabalhos executados na nossa região com mais frequência. Será por termos de pagá-la que a RTP se “retrai” mais. Ou é como a outra anedota acerca do touro, que desde que passou a “funcionário público”, só coçava os tomates e não cobria vaca nenhuma?
Má q’jêtos?

Religiões

Desde que o ser humano regista os acontecimentos ocorridos no seu quotidiano, são visíveis os sinais de respeito e mesmo de temor para com algo que influenciou desde a formação até, por vezes, à extinção dessas sociedades, umas monoteístas, outras politeístas. Contudo, e até aos nossos dias, há um factor a não descurar se pretendermos, ainda que superficialmente, tentar compreender estes fenómenos.
Geralmente, a idealização surge da classe dominante de cada sociedade, ocupando os seus opositores directos com um conjunto de regras a executar, praticamente impossível de cumprir por qualquer ser humano, por muito dedicado que seja. Vejam-se todos os actos hediondos (nunca seguidos por qualquer outro animal deste planeta) cometidos sobre o seu semelhante, acobertados pela capa da religião. Se realmente houver um poder supremo que tenha influência na organização (ou caos) universal, e creio que existe, talvez um dia os que mandam no nosso Mundo tenham o castigo pelas suas acções e deixemos de ver as crianças a morrer de fome, doenças banais ou guerras sem sentido.
Queixamo-nos, actualmente, do islamismo sectário. Realmente, é pena que a linha orientadora do “Al Andaluz” se tenha, praticamente, eclipsado. Mas, lembrem-se os cristãos, auto-convencidos da nossa superioridade, que os combatemos selvaticamente. Talvez o mundo fosse hoje menos mau se, durante as cruzadas, tivéssemos aprendido algo com as acções do grande Saladino, durante a ocupação europeia de territórios asiáticos os tivéssemos compreendido melhor e não tivéssemos levado os nativos americanos até quase à extinção. E em África, ficávamos puros após a confissão?
Tentar introduzir na “pinha” de quem tem o poder que deve ser, por vezes, tolerante?
Má q’jêtos?

Mas que raio?






Sabem o que isto é? Erro ou desconhecimento da programação Microsoft Office Word 2003 e a versão 2007 é igual neste item. Mas… vamos lá: Que os comentadores da SPORTV não tirem a camisola para fazerem os comentários; que, como dizem os benfiquistas, os árbitros não beneficiem o Benfica, só prejudiquem os adversários (será diferente ?); que, de vez em quando, anulem golos legais ao Sporting; que, em quase todos os jogos, o Bruno Alves esteja a “passar ao lado” de uma grande carreira por ser tão impetuoso (violento, por vezes!), tudo bem. Já vamos todos estando habituados a “bacoradas”.
Agora, que na tradução para português do programa anteriormente referido só seja reconhecida a palavra designadora de um clube nascido popular em Lisboa, é obra de mestre. A pessoa encarregue desse trabalho, de certeza que se deixou embalar pelo “ser benfiquista” e não tirou a camisola antes de se sentar à secretária e, como a juventude tem o computador como uma espécie de ídolo… já ouviram falar de mensagens subliminares?
Já “avisei” vários amigos benfiquistas. Os que conseguem ter discernimento, vêm o clube a desviar-se dos seus ideais e a cada ano que passa viver cada vez mais do “diz que disse” e da “tinta derramada”.
Não há dúvida, é o maaaior. Má q’jêtos?

sábado, 24 de janeiro de 2009

Assim como antes…

Contava-me o meu tio uma história pitoresca que, no fundo, parece não ter época definida. Década de cinquenta do século passado, a cumprir o serviço militar e, como sportinguista, a ter a oportunidade de presenciar o Lusitano de Évora vs. Sporting. Ainda por cima, o árbitro era o “seu” barbeiro em Faro (e meu também, mais tarde), o senhor Vítor Garrochinho. Chegou-se ao intervalo com o Lusitano a vencer por 3-0 e a dar um “banho de bola” ao Sporting. Perigoso, pois na altura, quem “intervencionava” na “ Defesa do Estado”, era sportinguista. Recomeça o desafio, o meu tio e o resto do público a tentarem perceber e, acabada a refrega, vitória do Sporting. O meu tio aguardou a saída da equipa de arbitragem e foi cumprimentar o seu barbeiro. Aproveitou para lhe perguntar a causa de o Lusitano não ter podido ganhar o jogo. Olhando em redor, sobressaltado, segredou-lhe:_Oh moço, quando vamos lá para dentro, já temos as “ nossas” ordens. O meu tio percebeu e não “enervou” mais o assustado homem (imaginem o público local). Pois é, e ainda não havia o “guarda Abel” para fazer lembrar aos árbitros quais eram os seus “deveres”.
Lembram-se de o Portimonense e o Louletano se terem afundado depois de se queixarem publicamente de terem sido “comidos” nos jogos com uma certa equipa nortenha? Uma vez, era o saudoso José Maria Pedroto (o Zé do boné) técnico desse clube, um jornalista perguntou-lhe o que era necessário para se ser campeão? Respondeu-lhe frontalmente, como era seu hábito, que para se ser campeão, também era preciso ter uma boa equipa. Está escrito, é história.
Calem-se bocas? Má q’jêtos?

P.S.
Sempre nos recordamos do Sr. Vítor como um Homem. Que os falsos democratas não se agitem, principalmente se têm a sorte de ter uma esposa formosa pois, só por isso, chegava-se a Caxias ou pior se ela não condescendesse a prestar os seus favores sexuais a um qualquer “sabujo”, inspector ou informante da polícia política. Uma palavra de apreço à família.

“TRAÇA” no desporto

Ficcionemos…
Como todos sabem, se atirarem fora a “clubite” no momento da análise, a nossa arbitragem, no futebol, esse movimentador de massas (em vários entendimentos da palavra), é uma vergonha. Desde os campeonatos regionais até à Primeira Liga. Profissionalizarem-se, não querem, pois teriam que prestar contas a alguém. Serem punidos por quem manda na arbitragem, não são, como acontece, para não ir mais longe, na nossa vizinha Espanha.
E os dirigentes? Desde a aparição das S.A.D.’s, os principais clubes compram jogadores às “paletes”. Em dez, aproveita-se um. E porque os compram? Será para fazer “girar” e valorizar os empates de capital dos “empresários”? Ganham todos, menos os clubes, que de ano para ano cada vez vêem o abismo mais próximo.
Ora, no nosso querido Farense, houve tempos em que alguns bons gestores o puxaram para cima (exceptuando alguns funcionários públicos que “foram nomeados voluntários” para se associarem) e, contra dirigentes desportivos (e não só) nacionais e arbitragem (depois já gostavam de cá vir fazer turismo), puseram-no na Primeira Divisão para, pela primeira vez, disputá-la na época de 1970/ 1971 (lembram-se do primeiro jogo, 1-0 ao Fêquêpê ). Os anos foram passando, houve épocas em que o plantel tinha jogadores “de sobra” e nós não prestávamos atenção. O clube “veio abaixo” por causa das dívidas relacionadas com jogadores e técnicos, fisco, segurança social e fornecedores. Quanto às transferências, problema dos dirigentes (devia ser), fornecedores… toca a aguentar. Agora, fisco e segurança social? Como? Bom, ter alguns “reservistas” a levar mensalmente para casa menos de cem mil escudos e as folhas de vencimento a mencionarem um milhão e duzentos mil escudos ou valores próximos deste, enfim… Já se pode começar a perceber o avolumar da “coisa” anos após. Fotocópias de documentos, certamente já extraviados, provariam isso mesmo. Agora, pagar mais de impostos do que se receberia de ordenado mensal, má q’jêtos.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Não passam de vermes nojentos

Fazendo uma auto-crítica, penso que a linguagem utilizada na minha primeira estória é um pouco (para não dizer muito) cerrada. Mas, quando após um longo período de inactividade as recordações chegam em catadupa, não se pensa duas vezes. E, por pensar duas vezes, estou agora a recordar-me de uma estória, triste, pos sinal.
O meu falecido pai era funcionário da administração local (Câmara Municipal) quando um dia foi nomeado voluntário pelo chefe da secretaria para organizar um arquivo (não tinha curso para essa função, não auferia portanto o vencimento correspondente ao cargo mas naquela época quem dissesse não...), pois não havia nenhum. Uma arrecadação cheirando a môfo, prateleiras da Handy e documentação por elas acima até acabar o espaço disponível.
_Chefe, já não tenho prateleiras para pôr os calhamaços!
_Não há verba para estantes, amontoe por ordem!
Parece haver nestas frases algo de semelhante com o presente.
Os anos foram passando, a poeira da papelada velha provocou-lhe uma alergia crónica que se manifestava várias vezes por mês, o coração começou a falhar e o sistema nervoso a descontrolar-se de tanta "sordidez" que presenciava. Três relatórios médicos confirmavam a sua incapacidade para aquele serviço. Como se recusou a ser "informador" de quem mandava, como já tinha acontecido durante a ditadura, quem mandava, "cozinhou-lhe" a junta médica (actualmente continuamos na mesma) que o julgou apto para a função. Três dias após receber o comunicado, entrou em coma vindo a falecer alguns dias depois: Apto para o serviço! Como numa festa em St.ª Bárbara de Nexe, quem mandava, ficou espantado ao ver a jóia de família que o funcionário estava usando, furibundo ficou quando um amigo lhe disse que o funcionário não precisava de roubar para ser rico. para acompanharem o colega falecido, quem mandava não permitiu que os subordinados, nessa tarde, saíssem um pouco antes da hora. O saudoso sacerdote que presidia à cerimónia decidiu então adiá-la um pouco.
É triste ter à frente do destino do nosso concelho gente desta estirpe.
Pensam que a história não os julga? Também me "tramou" a mim! Pensa que esquecemos? Não somos "políticos", má q'jêtos?

A Câmara de antigamente

O meu avô paterno foi um dia convidado para vereador da Câmara em representação da freguesia de St.ª Bárbara de Nexe. Quando, na companhia dos meus pais visitava os avós, lembro-me de o ver com a secretária "atulhada" de papelada. Mas, ao chegar à Câmara, fizeram-lhe o favor de pedir dinheiro para pagamento dos vencimentos dos funcionários nesse mês pois não havia dinheiro em caixa (faz lembrar os tempos que correm). Como não possuía essa quantia, teve de endividar-se com um parente. Lutou, escreveu, debateu anos e anos infindáveis e, finalmente, a Câmara concedeu em levar a energia eléctrica para Bordeira onde, note-se, já haviam bastantes industrias e comércios a depender de
geradores. Após o 25 de Abril, de nunca ter faltado nem que fosse uma sopa aos pobres
que batiam à porta, inclusive a António Aleixo que lhe dedicou um poema (não editado e recordação de família), chamaram-lhe fascista e estava na lista de abate (a revolução não fez correr sangue?). Má q'jêtos?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Cegueira do Fisco

Fisco. Uma palavra que denomina uma entidade que, na verdade, arruína a pouco e pouco o nosso país. Vejamos: se estiveres num dos países daqueles a que chamamos de “economias emergentes”, podes, se tiveres, dinheiro para isso, comprar 1/3 desse país que eles não se vão importar muito com a facturação. Cá, é ao contrário e o resultado vê-se. Tive a sorte de os meus “velhotes” me terem legado alguns bens. Sortudo! Pois é. E os impostos? Anos atrás, vendi uma tirada de cortiça de uma propriedade e, na devida altura apresentei no IRS o resultado dessa venda. Como devem saber, a cortiça demora 9 ou 10 anos a refazer-se na árvore. Antigamente, o imposto referente ao período de formação da cortiça era pago em várias parcelas. Hoje em dia, com a ganância do défice, esse imposto de um rendimento de 9 anos é pago na totalidade e reflecte-se no pagamento por conta do ano seguinte. Ora, no ano a seguir a ter declarado esse rendimento, fui interpelado pelas Finanças no sentido de não ter declarado um rendimento anteriormente existente. E esta, hein…? Lá expliquei à funcionária (que não percebia nada de agricultura) e ela ficou de consultar o chefe acerca do assunto.
Consultando uma professora universitária de economia, fiquei a saber que o que suporta uma economia estável não é bem visto pelo sector político. Má q’jêtos?

Justiça apoia corruptos

É hábito no nosso país levar com um processo por difamação quando se pretende dizer uma verdade referente aos vigaristas que aproveitam os cargos públicos que ocupam mo- mentaneamente, para enriquecer sem um pingo de vergonha na cara. As coisas acontecem, o nível de bem-estar desses senhores é verificado pelos vizinhos e outros que os conhecem e, ordeiramente, temos que ficar calados. No âmbito da defesa do Estado,
que afinal somos nós, por que diabos não são eles que têm de demonstrar publicamente
(como nós não seguimos a sua cartilha, não os acusaríamos por inveja ou outra qualquer Futilidade) que nem os próprios nem a família nem amigos do peito beneficiaram fosse
do que fosse enquanto ocupantes desses cargos? Sou assinante de um jornal local e conhecido do anterior director. Perguntei-lhe um dia porque é que no jornal tudo corria
bem na nossa cidade? Respondeu-me que cada verdade, processo no tribunal. Má q’jêtos?

Delapidação do erário público

Era uma vez uma época em que se inventavam entidades recreativas, culturais ou desportivas passíveis de serem agraciadas com subsídios monetários por parte do Município. Era uma vez uma época em que, habitualmente, a secretária destinada ao funcionário que detinha a chave do selo branco da Câmara aparecia arrombada. Era uma vez uma época em que autarcas faziam horas extraordinárias com assessores por eles contratados. Mas, houve uma vez em que o assessor levantou dez milhões de escudos na tesouraria, papelada em ordem, subsídio pago, não se lembrando depois de entregar os 50% ao autarca.
Furibundo, não falava a ninguém e os funcionários, com medo de represálias, calavam-se. Mas, sorrindo, sussurravam: Vai queixar-te à polícia! A partir desse momento, embora
sem gabardine nem óculos escuros, como antigamente, começou a haver “funcionários” que percorriam as várias secções com um papel na mão, para disfarçar, e ouviam o que os colegas diziam. Depois, reportavam ao “chefe”. Anos volvidos, esta técnica foi substituída por mini-gravadores colocados no topo de mobiliário com difícil acesso.
Outros tempos, outro partido político, outros autarcas democráticos, sempre a velha e
incontornável sombra da P.I.D.E. . E não me venham acusar de comunista porque não o
sou! Má q’jêtos?

Orçamentação "à maneira"

Voltando à "nossa" Deserta, convinha que os Farenses com responsabilidades mas fora dos "círculos do poder", fizessem uma visita à ilha e verificassem o estado de conservação do molhe poente da barra Faro/Olhão. Já só restam cerca de 2/3 e com fragilidades evidentes.
É claro que, por enquanto, não se gastariam muitos fundos para "compor" a coisa. No entanto, desculpem lá os "senhores responsáveis", no nosso país um orçamento curto não dá para "desvios". Será necessário um temporal e baixas a lamentar para se falar nisso? Má q'jêtos?

Demolições na Ria Formosa

À frente do grupo "supostamente de trabalho" que tem orientado a administração do nosso conselho, temos, felizmente, tido de tudo: acomodados, usurpadores e os que dão um murro na secretária (a de madeira) e batem com a porta. Outros , que os Farenses apoiaríam, declinaram os convites partidários alegando que "não tinham jeito para ser aldrabões". Um destes foi um saudoso médico radiologista que , quando podia, "fugia" para a "sua" Deserta, para o paraíso. Quando da demolição das casas anteriormente existentes, foi seguido o estudo efectuado a fim de acautelar o cordão dunar. Por acaso, um dos intervenientes nesse processo foi meu colega de turma na escola D. Afonso III. Continuava convencido do bem feito à ilha. Perguntei-lhe se sabia que a área da ponta onde se situava o núcleo habitacional estava actualmente reduzida em milhares de metros quadrados e com menos uns seis a sete metros de altura? Perguntei-lhe se se tinham lembrado do efeito "ampulheta" quando durante anos a fio foi retirada areia do canal de navegação sem aparentemente qualquer reposição de inertes nas dunas? A areia das dunas foi escorregando para o fundo, foi vendida, mas ... não caiu nenhuma habitação pois já lá não estavam para "chatear". Má q'jêtos?

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Concursos Camarários

Podendo parecer saudosista por, de momento, falar do passado, penso porém ser necessário entender o que ficou para trás para podermos perceber o que actualmente se "cozinha" nas nossas costas.
Não fugindo ao intento de perceber o que se passa no nosso "adiado" concelho de Faro, sou testemunha em causa própria do que parece ainda acontecer na nossa Cãmara Municipal. Quando há concurso para provimento de lugares no quadro de pessoal, o vencedor do concurso é conhecido antes... sim, antecipadamente! Fiquei em segundo lugar (concurso para um lugar) e na data da prova de entrevista já sabia que não podia ser vencedor, apesar de estar empatado após a prova escrita.
Não estou arrependido e quem me tramou nunca mais me conseguiu olhar de frente.
E é esta gente, ou pensa que é, orientadora das nossas vidas? Má q'jêtos?

Falsos Democratas

Atribuladamente nascido no ano de 1960 no antigo Hospital da Misericórdia desta cada vez mais "descolorida" cidade de Faro, só mais tarde percebi a razão pela qual o meu Avô, assustado, me retirou das mãos irrequietas uma agenda com capa vermelha e o meu Pai que, por não ser a favor, era considerado "assim como que" do contra, ao dissuadir um vizinho, que depois se tornou um grande "democrata lutador", de acusar outro vizinho de ser do partido comunista, se ir metendo em "apertos".
Tempos tristes, saudade dos desaparecidos.
Uma manhã soprou um bafo de esperança desaproveitada. Quem cá está hoje, apercebendo-se donde está, dirá:
- Má q'jêtos?