quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Tal Clube, tal Cidade

Li algures que, neste momento, baseando-nos em obras decorridas, a decorrer e por decorrer e à orçamentação, o nosso concelho é o nono (9.º) no “ranking” algarvio. Não pode ser, é a capital! Mas, pensando bem, é capaz de… Ora, vejamos bem. Ligamos o rádio, a televisão em canais, por vezes estrangeiros, compramos jornais e revistas, prestamos atenção ao mobiliário urbano destinado à publicitação e… de Faro, pouco se fala. Portimão, Albufeira, Lagos, Tavira, Loulé, Olhão, S. Brás de Alportel. Acontecimentos desportivos, culturais, recreativos. De Faro, lá aparece qualquer coisa, de tempos a tempos.
Mas, o que queríamos. O nosso Farense, foi o que foi. A cidade, é o que é. Logo a seguir ao 25 de Abril, ainda ouvi falar que a Câmara de Faro era uma daquelas com orçamentos bem estruturados e uma conta corrente, na banca, de respeito. Foi como anunciar na televisão que havia uma capela qualquer, isolada, cuja santa era ornada por cordões de ouro e pedrarias. No mês seguinte, ou nem tanto, tiveram que chamar a guarda. Na CMF, não se chamou a guarda mas veio cá a Inspecção Geral do Território, por mais do que uma vez. Aliás, de uma das vezes nem os extractos bancários em falta foram depois encontrados. Por acaso, dessa vez, ficaram hospedados numa pensão situada ao lado da casa onde nessa altura residia. Viatura (luxuosa) da autarquia com condutor para as deslocações nocturnas aos melhores restaurantes e “divertimentos nocturnos” da época e outros mimos. Afinal, nada a que não estejamos habituados, nos dias de hoje. Afinal, somos ou não um povo hospitaleiro?
Ao contrário do clube, neste momento, só homens sem ligações às administrações anteriores poderão endireitar a cidade e tirá-la do fosso em que está metida. E, que denuncie às autoridades policiais as pressões dos “mafiosos”, identificando-os em resposta às ameaças que, geralmente, consistem em retirarem-lhe o poder, nem que seja pela medida mais radical. Atente-se que, no nosso país, ao prometer ao povo erradicar os mafiosos e quejandos, alguém acabou por manter-se na sua cadeirinha, caladinho, para não ir pelos ares como aconteceu a outro, de boa memória. No clube, terão que ser os “ velhos” a endireitá-lo porque os novos gestores estudaram pela nova “cartilha” e, como as mulas de tiro, só “olham” numa direcção… encher as algibeiras!
Se isto continua, será que a Administração Central nos retira a capitalidade?
Senhores autarcas, não sentem assim como que uma espécie de constrangimento? Não? Má q’jêtos!

Arrendamento

Se há algo pelo qual todos os governos pugnam, é pelo mercado de arrendamento. Pudera! Imagine o leitor que tem um apartamento e uma loja para alugar. Se alugar a loja a uma empresa, tem logo à partida retenção na fonte e, depois, o resto, de acordo com a tabela do IRS. Depois há condomínio, seguro, imposto. Resumindo, quando da construção ou aquisição, o Estado mama. Enquanto exploramos o que nos custou tantas chatices, o Estado mama. Ao falecer, transmitindo os nossos bens aos descendentes, o estado mama e, por fim, se alienamos património, o Estado mama. E, ao fim d uma vida, se tivermos o azar de alugar um apartamento a um sem escrúpulos qualquer, com a m… de leis que temos, ainda ficamos sem ele. Mas, vingança, depois é ele que tem que aprender a lidar com o Estado. Só…, se se tornar fora-da-lei. Aí, tem todas as garantias que a lei lhe concede. Má q’jêtos?

Natureza

Temos no nosso país várias organizações que defendem a protecção do ambiente, da fauna, da flora, etc. mas, e em particular no nosso Algarve, não temos quem defenda as populações atingidas pelas leis que “protegem” tudo à sua volta: Costa Vicentina, Rede Agrícola Nacional, Rede Natura e outras. Defender a variedade, de acordo. E os que vivem nesses locais? E as limitações que, para defesa do futuro, devem ser impostas à própria Natureza?
Antigamente, as vastas extensões hoje quase desertas, como por exemplo, nos concelhos de Alcoutim e Aljezur, eram salpicadas por montes e, quem neles vivia, “domesticava” a Natureza: arranjava caminhos, limpava mato, compunha valados, podava as árvores, esforçava-se por produzir quase tudo aquilo de que necessitava para o seu sustento, comercializando os excedentes e, finalmente, tornavam as paisagens campestres lindas. Hoje em dia, quando não está tudo queimado, está abandonado ou “assassinado” pelos eucaliptos. No entanto, apesar de serem detentores de vastas áreas, a estes “deserdados da sorte”, quando os filhos cresceram e quiseram formar família, tiveram que vir para o litoral ou seguir outros caminhos porque, deixarem que construíssem uma casa ou ampliassem a que tinham, diziam-lhes: _Nem pensar!
Tinha que se proteger a Natureza. E, é curioso, não tenho visto os “ecologistas radicais” a roçar mato ou a tapar buracos nos caminhos por onde fazem os seus “raids” de fim de semana nos seus dispendiosos todo-o-terreno que poluem “bués”(e partem tudo por onde passam). Uma troca ? Só três meses, “ecologistas” nas habitações isoladas na serra e camponeses nas casas dos citadinos com fácil acesso a médicos, cinema, teatro, advogados, comércio, etc. etc.etc.. Quem se fartaria primeiro? Porque não dão oportunidades ás pessoas simples que estas voltam a dar o seu trabalho para manutenção da Natureza? Má q’jêtos?

Previdência

As nossas leis para lidar com aqueles que, constantemente, se sobrepõem aos demais sem sequer se importarem com quem é esmagado pelos seus tacões, foram previamente elaboradas para prevenção de acontecimentos futuros. Reportando-me ao “caso” da actualidade, o Freeport, não há que ter medo. O que no Reino Unido seria elemento de prova, em Portugal, não pode, por determinação legal, ser considerado. E ainda dizem que os nossos políticos são uns incapazes? Em proveito próprio, não! Má q’jêtos?

P.S.
Será que as leis da CE são só para pagar o equivalente aos nossos “colegas” mas com 1/3 ou 1/4 dos seus ordenados e pensões?

Guerras "Familiares"

Como todos sabemos, fazendo uma recapitulação dos “shows” gratuitamente oferecidos pela nossa classe de cidadãos acima da lei (os políticos), haviam no Partido Socialista duas linhas: a dos “soaristas” e a dos “socretinos”(dividindo a palavra, torna-se impróprio). A pouco e pouco, esta “linhagem”mais recente pôs a outra de “ quarentena”.
E, com a discussão da moda, o Freeport, esfreguemos os olhos, pois estão meio- tapados pela areia do deserto da zona de Alcochete. Dizem os habitantes da zona da Ota que, senhores ligados aos três partidos mais à direita do nosso parlamento, compraram vários terrenos entre a localidade do futuro aeroporto e a capital (seria engraçado verificar nas Finanças e depois investigar nos Cartórios Notariais). Porquê? Vai daí, empataram-se milhões numa construção à espera que o povo tivesse dinheiro para atravessar a ponte e ir-se divertir. Anos volvidos, aventa-se a hipótese de construir o aeroporto, não na Ota, mas em Alcochete. Vai lá o ministro e (a areia nos nossos olhos) diz que aquilo parece um deserto. Pouco depois, era concedida à zona a construção do futuro aeroporto internacional de Lisboa.
É claro que, o que escrevi, é pura ficção e, se tiver algo a ver com a realidade, é pura coincidência. Mas, se eu fosse muito rico, não “enterrava” milhões num “deserto” para construir uma “coisa” que tem estado praticamente às moscas. Só se fosse doido, má q’jêtos?

Requalificações

Praticamente, todos saberemos onde se situa a Igreja da Misericórdia, na nossa cidade de Faro, e o antigo Hospital, edifício hoje utilizado para outros fins (e onde pugnou durante alguns anos a minha parente D. Maria Benta, mãe do conhecido clínico Dr. Rui Antão). E, para os nossos idosos, teremos que procurar melhorar a qualidade dos cuidados que lhes são prestados. Tenhamos consciência do que eles já fizeram por nós, com sacrifícios. A propósito, na freguesia de Santa Bárbara de Nexe a terceira idade , bem, tem sido acarinhada o que não acontece tanto com os nossos jovens a quem têm faltado pequenas coisas, sobrecarregando as famílias. Atenção, eles ainda não votam, mas um dia, ao votarem, talvez se lembrem …
Bem, apresentado o local, falemos da sua requalificação no respeitante à “envolvente” exterior. O material utilizado para pavimentação, à vista do “papalvo”, ficam bem ao” olho”. Em piso molhado, quando chove, experimente passar por lá (e mesmo em tempo seco), sem cuidados especiais. Tem semelhanças com o “rallye” da Suécia. Ah…e daí, talvez! Como é difícil arranjar vagas para a terceira idade, talvez eles vão passear, talvez escorreguem, talvez… Cruzes canhoto! Língua depravada e com pensamentos tortuosos, porque não te calas? Má q’jêtos?

Instituições…

Portugal é um país que, embora pequeno, tem sido muito interveniente na História Universal, chegando a ser a maior potência mundial. Bem, até praticamente ao fim do século XVI porque depois, a nossa respeitável monarquia (afinal, dois nossos ex-primeiros , um ficou em”tabu”ado e outro desistiu) rodeada de nobres gananciosos (e deu no que estamos a reviver), entregou-se ao consumo (inventámos a globalização, afinal) e descurou as mais básicas necessidades do povo. Aplaudindo a ascensão dos nossos interlocutores mundiais: Espanha, França, Inglaterra, Holanda, depois a América, definhávamos e enredávamo-nos em questiúnculas políticas até que, um dia, apanhámos com a República em cima. Em cima? Sim, estava na “moda” e, não nos tem sido leve. Já repararam que os políticos republicanos (a alguns, devemos bastante), assim como quem não, orientaram e orientam os seus filhos para que um dia os substituam nas rédeas do poder? “Diferença” exemplar para com a monarquia é que, então, só um seria rei (ou rainha) e agora, podem ser dois ou três à manjedoura do poder.
E, é claro, na altura, 1910, houve logo quem pensasse no futuro e, vai daí, inventaram a GNR. Para assegurar o cumprimento da lei em todo o país, de acordo. Mas, quase um século passado, aparentemente, já deveriam ter mudado o nome a essa instituição. Porque, “entalada” pelas resoluções políticas (e servindo de “cadinho” para obtenção de boas reformas para militares cooperantes), pelo povo, pouco lhe é permitido fazer (ainda me lembro do sentimento de respeito/amizade dos aldeões para com os agentes em patrulha, sentimento esse retribuído). Agora, cada vez mais, é uma força para-militar destinada a manter os “republicanos”à frente do país, nem que seja à força (parece haver povos que só sabem viver sob uma ditadura). Por isso, digo que, seguindo os conselhos que os políticos nos dão nos seus enfadonhos discursos, deveríamos rebaptizar (para apresentar obra feita) essa instituição de Guarda Nacional, simplesmente. Penso já ter passado o tempo em que era necessário andar à bastonada com os “talassas”e, ao mesmo tempo, talvez esse nome correspondesse melhor aos estatutos da instituição. Já agora, os agentes também são gente e gostariam de ter a sua vida particular menos espezinhada. Para que servem os ministros da administração interna? Para filmar os trabalhadores quando fazem greve? Má q’jêtos?

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Eleições à Vista

Se já não se soubesse, quem é português, ficava a saber. Estamos em ano de eleições autárquicas. Para os mais desatentos ou para os trabalhadores estrangeiros que, por acaso, passem os olhos por estas linhas, vou tentar explicar, sem grandes aprofundamentos.
Vêem as valas abertas em ruas e estradas?
E, espalhados por todo o lado, condutas, manilhas, cabos, etc.?
Chegou o ano eleitoral e as Câmaras Municipais, seja qual for o partido político que as controla, lançam no terreno, para “papalvo” ver, todas as pequenas obras que idealizaram e tentam acabar as obras de maior monta que as Câmaras antecedentes “alinhavaram”, chamando-lhes suas. Igualmente, lançam as promessas que, se Deus quiser, alguém, não se sabe quem, poderá vir a cumprir, se calhar…
E, por que razão, nós nos esquecemos sempre de que já os conhecemos e acabamos sempre, ordeiramente, a encaminhá-los para as manjedouras do poder.
Acham que, eventualmente, se um dia os votos em branco derrotassem os partidos por uma esmagadora maioria absoluta e os nossos parceiros europeus viessem, de lupa em punho, verificar o que realmente se passa neste país, eu não me fartava de rir às gargalhadas? Má q’jêtos?

SPORTV

Numa estória anterior, referi-me aos canais temáticos de desporto, conhecidos vulgarmente por SPORTV. Acabei de assistirbo canal SIC NOTÍCIAS ao programa em que é interveniente o comentador desportivo Rui Santos. Queixava-se ele que lhe seria impossível fundamentar os seus comentários ao jogo da última jornada da primeira volta do campeonato da Liga Sagres, Os Belenenses vs. S. L. Benfica, por a SPORTV não ter fornecido as imagens.
A tapar o sol com a peneira? É que, nos últimos tempos, tanto proteccionismo bacoco ao “glorioso”, só o prejudica. O treinador não se entende com os jogadores que por sua vez nada fazem para justificar os “balúrdios” que custaram. A culpa é de quem? Só falta dizerem que a culpa é do “meu” Sporting (atenção, o n.º 1 é o Farense). Certamente ela, a culpa, morrerá “solteira” como naquela ocasião funesta em que a ponte foi abaixo. Tem presentemente um excelente “tacho” e na altura foi-se embora para não ter chatices sendo agraciado pelo “patrão” devido ao seu carácter e sentido das responsabilidades. Toma aí, faz o que eles fazem e não o que te dizem que deves fazer, sê corrupto (são os que recebem o graveto, os corruptores são os que pagam) e não te rales que um advogado matreiro sabe quais são os artigos da lei que te vão safar pois foram introduzidos para auto-protecção de quem os escreveu.
Tem graça, mesmo não lendo a minha estória desta manhã, o comentador Rui Santos acabou por dizer quase a mesma coisa que eu, acerca do Bruno Alves que, esta semana, se portou muito bem. Passar um jogo inteiro a “fazer bem” sem cometer uma única falta, é obra. Como simpatizante sportinguista (não sou fanático, mas o computador diz logo que a palavra sportinguista ou está erradamente escrita ou é desconhecida) gostaria de o ver a jogar pelo Leão (ou Lagarto, se ficam mais “sastefêtos”).
Ora bem, para terminar, senhores jornalistas e comentadores da SPORTV, orgulho profissional e deixem de “bajular” o Benfica pois assim só o prejudicam. Num jogo da Taça dos Campeões, na Luz, contra o Saint-Etienne, o meu compadre assistia ao desafio ao lado de um senhor que, de rádio AM em punho, seguia o relato do mesmo desafio. A certo ponto, o meu compadre ouve o relator que, por acaso era benfiquista assumido (estão a ver, benfiquista já está bem escrito), agritar ao ouvido do seu “vizinho”: _Remate de Eusébio, a rasar o poste!
Foi aí que percebeu que normalmente o relato e a realidade, por vezes, entram em conflito. O poste citado no relato deveria ser o da bandeirola de canto, que foi por onde a bola saiu. Tenho um projector em casa e vejo os primeiros planos em tamanho superior ao real. E, ouço barbaridades em relação ao que realmente acontece! Má q’jêtos?

domingo, 25 de janeiro de 2009

Ser bom Português...

Tendo contraído matrimónio com uma senhora portuguêsa por nascimento (mas porque raios, depois do acordo , temos que escrever as palavras como aqueles que adoptaram a nossa língua? Qualquer dia, autocarro é machimbombo) mas com a nacionalidade venezuelana, tivemos sempre o incómodo de visitar, quando necessário, a delegação do SEF e o consulado em Lisboa.
Um dia, a minha espôsa pretendeu tornar a mudar de nacionalidade, readquirindo a portuguêsa, pois até para ir a Ayamonte, tinha que se ir antes ao consulado espanhol em Vila Real de Santo António. Querias novamente a nacionalidade portuguêsa? Espera lá, que já vai. Ao fim de muitas visitas à conservatória do registo civil e de um montão de papelada a certificar os bens pertencentes ao casal, eis que a senhora doutoura requer um documento que, pura e simplesmente, o estado venezuelano deixara de emitir anos atrás. E “tá aí a porra”. Nem para trás , nem para diante. Era necessário, pela nossa lei, o registo criminal venezuelano. Como os nossos bandidos nem para aprendizes servem na Venezuela, o estado venezuelano, pura e simplesmente, deixou de o emitir. Fomos então aconselhados a mudar a sede de documentação para Loulé pois também temos bens nesse concelho.
Em Loulé, já sabiam que a Venezuela não emitia registos criminais mas… era preciso apresentar um extracto bancário “generoso”. Tivemos sorte. Adquiriram-nos um terreno e conseguimos um extracto bancário “generoso” antes de voltar a aplicar esse dinheiro pois, em Portugal, dinheiro no banco, para nós, povo, é o que presentemente se vê.
Conclusão: A minha mulher já é portuguêsa, o presidente venezuelano já não a chamará para cumprir o serviço militar e, acima de tudo, ficámos a saber que, tem que se ter bastante dinheiro. E a miséria que grassa no país? Má q’jêtos?

"Invejas"

E o (_Fez! - _Não fiz!) que inunda a actualidade política no momento? É compreensível a inveja que os dirigentes nacionais têm dos autarcas. Conseguem “desviar” sub-repticiamente muito menos do que os, teoricamente, seus subordinados. Realmente, não sabia que era cidadão de um país tão rico. É que é preciso ser parvo para não se espantar. E “eles” não se importam com o espectáculo que dão ao povo. Desconhecem o conceito de VERGONHA. Má q’jêtos?

Publicidade

Há aqueles programas onde a publicidade às mais variadas coisas é condensada em blocos e apresentados ao público, geralmente por “figuras públicas” com capacidade de nos fazerem agarrar à “janela” do mundo, acabando por nos distrair.
Todavia, há a outra publicidade. Estamos atentos a um serviço noticioso, vendo o défice a subir, a subir e, pumba. Intervalo para os gestores de empresas que gerem “grandes superfícies” anunciarem os produtos de, pelo menos, duas prateleiras dos seus super-mercados. E o pior, é quando sabemos que vão falar acerca de qualquer coisa passada na nossa região. Nunca mais acabam os pensos higiénicos, os acondicionadores, o azeite, as sopas empacotadas, os detergentes…até que finalmente lá ficamos a saber que o governo ajudou mais um banco…! E nos filmes…dá para anunciar quatro ou cinco prateleiras em cada intervalo. Quando começa a última parte, é mais curta do que o intervalo precedente.
Agora por falar em TV’s. A RTP tem delegação na nossa terra há uma “carrada” de anos. As outras, SIC e TVI, mais recentes, são contudo mais intervenientes e apresentam trabalhos executados na nossa região com mais frequência. Será por termos de pagá-la que a RTP se “retrai” mais. Ou é como a outra anedota acerca do touro, que desde que passou a “funcionário público”, só coçava os tomates e não cobria vaca nenhuma?
Má q’jêtos?

Religiões

Desde que o ser humano regista os acontecimentos ocorridos no seu quotidiano, são visíveis os sinais de respeito e mesmo de temor para com algo que influenciou desde a formação até, por vezes, à extinção dessas sociedades, umas monoteístas, outras politeístas. Contudo, e até aos nossos dias, há um factor a não descurar se pretendermos, ainda que superficialmente, tentar compreender estes fenómenos.
Geralmente, a idealização surge da classe dominante de cada sociedade, ocupando os seus opositores directos com um conjunto de regras a executar, praticamente impossível de cumprir por qualquer ser humano, por muito dedicado que seja. Vejam-se todos os actos hediondos (nunca seguidos por qualquer outro animal deste planeta) cometidos sobre o seu semelhante, acobertados pela capa da religião. Se realmente houver um poder supremo que tenha influência na organização (ou caos) universal, e creio que existe, talvez um dia os que mandam no nosso Mundo tenham o castigo pelas suas acções e deixemos de ver as crianças a morrer de fome, doenças banais ou guerras sem sentido.
Queixamo-nos, actualmente, do islamismo sectário. Realmente, é pena que a linha orientadora do “Al Andaluz” se tenha, praticamente, eclipsado. Mas, lembrem-se os cristãos, auto-convencidos da nossa superioridade, que os combatemos selvaticamente. Talvez o mundo fosse hoje menos mau se, durante as cruzadas, tivéssemos aprendido algo com as acções do grande Saladino, durante a ocupação europeia de territórios asiáticos os tivéssemos compreendido melhor e não tivéssemos levado os nativos americanos até quase à extinção. E em África, ficávamos puros após a confissão?
Tentar introduzir na “pinha” de quem tem o poder que deve ser, por vezes, tolerante?
Má q’jêtos?

Mas que raio?






Sabem o que isto é? Erro ou desconhecimento da programação Microsoft Office Word 2003 e a versão 2007 é igual neste item. Mas… vamos lá: Que os comentadores da SPORTV não tirem a camisola para fazerem os comentários; que, como dizem os benfiquistas, os árbitros não beneficiem o Benfica, só prejudiquem os adversários (será diferente ?); que, de vez em quando, anulem golos legais ao Sporting; que, em quase todos os jogos, o Bruno Alves esteja a “passar ao lado” de uma grande carreira por ser tão impetuoso (violento, por vezes!), tudo bem. Já vamos todos estando habituados a “bacoradas”.
Agora, que na tradução para português do programa anteriormente referido só seja reconhecida a palavra designadora de um clube nascido popular em Lisboa, é obra de mestre. A pessoa encarregue desse trabalho, de certeza que se deixou embalar pelo “ser benfiquista” e não tirou a camisola antes de se sentar à secretária e, como a juventude tem o computador como uma espécie de ídolo… já ouviram falar de mensagens subliminares?
Já “avisei” vários amigos benfiquistas. Os que conseguem ter discernimento, vêm o clube a desviar-se dos seus ideais e a cada ano que passa viver cada vez mais do “diz que disse” e da “tinta derramada”.
Não há dúvida, é o maaaior. Má q’jêtos?

sábado, 24 de janeiro de 2009

Assim como antes…

Contava-me o meu tio uma história pitoresca que, no fundo, parece não ter época definida. Década de cinquenta do século passado, a cumprir o serviço militar e, como sportinguista, a ter a oportunidade de presenciar o Lusitano de Évora vs. Sporting. Ainda por cima, o árbitro era o “seu” barbeiro em Faro (e meu também, mais tarde), o senhor Vítor Garrochinho. Chegou-se ao intervalo com o Lusitano a vencer por 3-0 e a dar um “banho de bola” ao Sporting. Perigoso, pois na altura, quem “intervencionava” na “ Defesa do Estado”, era sportinguista. Recomeça o desafio, o meu tio e o resto do público a tentarem perceber e, acabada a refrega, vitória do Sporting. O meu tio aguardou a saída da equipa de arbitragem e foi cumprimentar o seu barbeiro. Aproveitou para lhe perguntar a causa de o Lusitano não ter podido ganhar o jogo. Olhando em redor, sobressaltado, segredou-lhe:_Oh moço, quando vamos lá para dentro, já temos as “ nossas” ordens. O meu tio percebeu e não “enervou” mais o assustado homem (imaginem o público local). Pois é, e ainda não havia o “guarda Abel” para fazer lembrar aos árbitros quais eram os seus “deveres”.
Lembram-se de o Portimonense e o Louletano se terem afundado depois de se queixarem publicamente de terem sido “comidos” nos jogos com uma certa equipa nortenha? Uma vez, era o saudoso José Maria Pedroto (o Zé do boné) técnico desse clube, um jornalista perguntou-lhe o que era necessário para se ser campeão? Respondeu-lhe frontalmente, como era seu hábito, que para se ser campeão, também era preciso ter uma boa equipa. Está escrito, é história.
Calem-se bocas? Má q’jêtos?

P.S.
Sempre nos recordamos do Sr. Vítor como um Homem. Que os falsos democratas não se agitem, principalmente se têm a sorte de ter uma esposa formosa pois, só por isso, chegava-se a Caxias ou pior se ela não condescendesse a prestar os seus favores sexuais a um qualquer “sabujo”, inspector ou informante da polícia política. Uma palavra de apreço à família.

“TRAÇA” no desporto

Ficcionemos…
Como todos sabem, se atirarem fora a “clubite” no momento da análise, a nossa arbitragem, no futebol, esse movimentador de massas (em vários entendimentos da palavra), é uma vergonha. Desde os campeonatos regionais até à Primeira Liga. Profissionalizarem-se, não querem, pois teriam que prestar contas a alguém. Serem punidos por quem manda na arbitragem, não são, como acontece, para não ir mais longe, na nossa vizinha Espanha.
E os dirigentes? Desde a aparição das S.A.D.’s, os principais clubes compram jogadores às “paletes”. Em dez, aproveita-se um. E porque os compram? Será para fazer “girar” e valorizar os empates de capital dos “empresários”? Ganham todos, menos os clubes, que de ano para ano cada vez vêem o abismo mais próximo.
Ora, no nosso querido Farense, houve tempos em que alguns bons gestores o puxaram para cima (exceptuando alguns funcionários públicos que “foram nomeados voluntários” para se associarem) e, contra dirigentes desportivos (e não só) nacionais e arbitragem (depois já gostavam de cá vir fazer turismo), puseram-no na Primeira Divisão para, pela primeira vez, disputá-la na época de 1970/ 1971 (lembram-se do primeiro jogo, 1-0 ao Fêquêpê ). Os anos foram passando, houve épocas em que o plantel tinha jogadores “de sobra” e nós não prestávamos atenção. O clube “veio abaixo” por causa das dívidas relacionadas com jogadores e técnicos, fisco, segurança social e fornecedores. Quanto às transferências, problema dos dirigentes (devia ser), fornecedores… toca a aguentar. Agora, fisco e segurança social? Como? Bom, ter alguns “reservistas” a levar mensalmente para casa menos de cem mil escudos e as folhas de vencimento a mencionarem um milhão e duzentos mil escudos ou valores próximos deste, enfim… Já se pode começar a perceber o avolumar da “coisa” anos após. Fotocópias de documentos, certamente já extraviados, provariam isso mesmo. Agora, pagar mais de impostos do que se receberia de ordenado mensal, má q’jêtos.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Não passam de vermes nojentos

Fazendo uma auto-crítica, penso que a linguagem utilizada na minha primeira estória é um pouco (para não dizer muito) cerrada. Mas, quando após um longo período de inactividade as recordações chegam em catadupa, não se pensa duas vezes. E, por pensar duas vezes, estou agora a recordar-me de uma estória, triste, pos sinal.
O meu falecido pai era funcionário da administração local (Câmara Municipal) quando um dia foi nomeado voluntário pelo chefe da secretaria para organizar um arquivo (não tinha curso para essa função, não auferia portanto o vencimento correspondente ao cargo mas naquela época quem dissesse não...), pois não havia nenhum. Uma arrecadação cheirando a môfo, prateleiras da Handy e documentação por elas acima até acabar o espaço disponível.
_Chefe, já não tenho prateleiras para pôr os calhamaços!
_Não há verba para estantes, amontoe por ordem!
Parece haver nestas frases algo de semelhante com o presente.
Os anos foram passando, a poeira da papelada velha provocou-lhe uma alergia crónica que se manifestava várias vezes por mês, o coração começou a falhar e o sistema nervoso a descontrolar-se de tanta "sordidez" que presenciava. Três relatórios médicos confirmavam a sua incapacidade para aquele serviço. Como se recusou a ser "informador" de quem mandava, como já tinha acontecido durante a ditadura, quem mandava, "cozinhou-lhe" a junta médica (actualmente continuamos na mesma) que o julgou apto para a função. Três dias após receber o comunicado, entrou em coma vindo a falecer alguns dias depois: Apto para o serviço! Como numa festa em St.ª Bárbara de Nexe, quem mandava, ficou espantado ao ver a jóia de família que o funcionário estava usando, furibundo ficou quando um amigo lhe disse que o funcionário não precisava de roubar para ser rico. para acompanharem o colega falecido, quem mandava não permitiu que os subordinados, nessa tarde, saíssem um pouco antes da hora. O saudoso sacerdote que presidia à cerimónia decidiu então adiá-la um pouco.
É triste ter à frente do destino do nosso concelho gente desta estirpe.
Pensam que a história não os julga? Também me "tramou" a mim! Pensa que esquecemos? Não somos "políticos", má q'jêtos?

A Câmara de antigamente

O meu avô paterno foi um dia convidado para vereador da Câmara em representação da freguesia de St.ª Bárbara de Nexe. Quando, na companhia dos meus pais visitava os avós, lembro-me de o ver com a secretária "atulhada" de papelada. Mas, ao chegar à Câmara, fizeram-lhe o favor de pedir dinheiro para pagamento dos vencimentos dos funcionários nesse mês pois não havia dinheiro em caixa (faz lembrar os tempos que correm). Como não possuía essa quantia, teve de endividar-se com um parente. Lutou, escreveu, debateu anos e anos infindáveis e, finalmente, a Câmara concedeu em levar a energia eléctrica para Bordeira onde, note-se, já haviam bastantes industrias e comércios a depender de
geradores. Após o 25 de Abril, de nunca ter faltado nem que fosse uma sopa aos pobres
que batiam à porta, inclusive a António Aleixo que lhe dedicou um poema (não editado e recordação de família), chamaram-lhe fascista e estava na lista de abate (a revolução não fez correr sangue?). Má q'jêtos?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Cegueira do Fisco

Fisco. Uma palavra que denomina uma entidade que, na verdade, arruína a pouco e pouco o nosso país. Vejamos: se estiveres num dos países daqueles a que chamamos de “economias emergentes”, podes, se tiveres, dinheiro para isso, comprar 1/3 desse país que eles não se vão importar muito com a facturação. Cá, é ao contrário e o resultado vê-se. Tive a sorte de os meus “velhotes” me terem legado alguns bens. Sortudo! Pois é. E os impostos? Anos atrás, vendi uma tirada de cortiça de uma propriedade e, na devida altura apresentei no IRS o resultado dessa venda. Como devem saber, a cortiça demora 9 ou 10 anos a refazer-se na árvore. Antigamente, o imposto referente ao período de formação da cortiça era pago em várias parcelas. Hoje em dia, com a ganância do défice, esse imposto de um rendimento de 9 anos é pago na totalidade e reflecte-se no pagamento por conta do ano seguinte. Ora, no ano a seguir a ter declarado esse rendimento, fui interpelado pelas Finanças no sentido de não ter declarado um rendimento anteriormente existente. E esta, hein…? Lá expliquei à funcionária (que não percebia nada de agricultura) e ela ficou de consultar o chefe acerca do assunto.
Consultando uma professora universitária de economia, fiquei a saber que o que suporta uma economia estável não é bem visto pelo sector político. Má q’jêtos?

Justiça apoia corruptos

É hábito no nosso país levar com um processo por difamação quando se pretende dizer uma verdade referente aos vigaristas que aproveitam os cargos públicos que ocupam mo- mentaneamente, para enriquecer sem um pingo de vergonha na cara. As coisas acontecem, o nível de bem-estar desses senhores é verificado pelos vizinhos e outros que os conhecem e, ordeiramente, temos que ficar calados. No âmbito da defesa do Estado,
que afinal somos nós, por que diabos não são eles que têm de demonstrar publicamente
(como nós não seguimos a sua cartilha, não os acusaríamos por inveja ou outra qualquer Futilidade) que nem os próprios nem a família nem amigos do peito beneficiaram fosse
do que fosse enquanto ocupantes desses cargos? Sou assinante de um jornal local e conhecido do anterior director. Perguntei-lhe um dia porque é que no jornal tudo corria
bem na nossa cidade? Respondeu-me que cada verdade, processo no tribunal. Má q’jêtos?

Delapidação do erário público

Era uma vez uma época em que se inventavam entidades recreativas, culturais ou desportivas passíveis de serem agraciadas com subsídios monetários por parte do Município. Era uma vez uma época em que, habitualmente, a secretária destinada ao funcionário que detinha a chave do selo branco da Câmara aparecia arrombada. Era uma vez uma época em que autarcas faziam horas extraordinárias com assessores por eles contratados. Mas, houve uma vez em que o assessor levantou dez milhões de escudos na tesouraria, papelada em ordem, subsídio pago, não se lembrando depois de entregar os 50% ao autarca.
Furibundo, não falava a ninguém e os funcionários, com medo de represálias, calavam-se. Mas, sorrindo, sussurravam: Vai queixar-te à polícia! A partir desse momento, embora
sem gabardine nem óculos escuros, como antigamente, começou a haver “funcionários” que percorriam as várias secções com um papel na mão, para disfarçar, e ouviam o que os colegas diziam. Depois, reportavam ao “chefe”. Anos volvidos, esta técnica foi substituída por mini-gravadores colocados no topo de mobiliário com difícil acesso.
Outros tempos, outro partido político, outros autarcas democráticos, sempre a velha e
incontornável sombra da P.I.D.E. . E não me venham acusar de comunista porque não o
sou! Má q’jêtos?

Orçamentação "à maneira"

Voltando à "nossa" Deserta, convinha que os Farenses com responsabilidades mas fora dos "círculos do poder", fizessem uma visita à ilha e verificassem o estado de conservação do molhe poente da barra Faro/Olhão. Já só restam cerca de 2/3 e com fragilidades evidentes.
É claro que, por enquanto, não se gastariam muitos fundos para "compor" a coisa. No entanto, desculpem lá os "senhores responsáveis", no nosso país um orçamento curto não dá para "desvios". Será necessário um temporal e baixas a lamentar para se falar nisso? Má q'jêtos?

Demolições na Ria Formosa

À frente do grupo "supostamente de trabalho" que tem orientado a administração do nosso conselho, temos, felizmente, tido de tudo: acomodados, usurpadores e os que dão um murro na secretária (a de madeira) e batem com a porta. Outros , que os Farenses apoiaríam, declinaram os convites partidários alegando que "não tinham jeito para ser aldrabões". Um destes foi um saudoso médico radiologista que , quando podia, "fugia" para a "sua" Deserta, para o paraíso. Quando da demolição das casas anteriormente existentes, foi seguido o estudo efectuado a fim de acautelar o cordão dunar. Por acaso, um dos intervenientes nesse processo foi meu colega de turma na escola D. Afonso III. Continuava convencido do bem feito à ilha. Perguntei-lhe se sabia que a área da ponta onde se situava o núcleo habitacional estava actualmente reduzida em milhares de metros quadrados e com menos uns seis a sete metros de altura? Perguntei-lhe se se tinham lembrado do efeito "ampulheta" quando durante anos a fio foi retirada areia do canal de navegação sem aparentemente qualquer reposição de inertes nas dunas? A areia das dunas foi escorregando para o fundo, foi vendida, mas ... não caiu nenhuma habitação pois já lá não estavam para "chatear". Má q'jêtos?

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Concursos Camarários

Podendo parecer saudosista por, de momento, falar do passado, penso porém ser necessário entender o que ficou para trás para podermos perceber o que actualmente se "cozinha" nas nossas costas.
Não fugindo ao intento de perceber o que se passa no nosso "adiado" concelho de Faro, sou testemunha em causa própria do que parece ainda acontecer na nossa Cãmara Municipal. Quando há concurso para provimento de lugares no quadro de pessoal, o vencedor do concurso é conhecido antes... sim, antecipadamente! Fiquei em segundo lugar (concurso para um lugar) e na data da prova de entrevista já sabia que não podia ser vencedor, apesar de estar empatado após a prova escrita.
Não estou arrependido e quem me tramou nunca mais me conseguiu olhar de frente.
E é esta gente, ou pensa que é, orientadora das nossas vidas? Má q'jêtos?

Falsos Democratas

Atribuladamente nascido no ano de 1960 no antigo Hospital da Misericórdia desta cada vez mais "descolorida" cidade de Faro, só mais tarde percebi a razão pela qual o meu Avô, assustado, me retirou das mãos irrequietas uma agenda com capa vermelha e o meu Pai que, por não ser a favor, era considerado "assim como que" do contra, ao dissuadir um vizinho, que depois se tornou um grande "democrata lutador", de acusar outro vizinho de ser do partido comunista, se ir metendo em "apertos".
Tempos tristes, saudade dos desaparecidos.
Uma manhã soprou um bafo de esperança desaproveitada. Quem cá está hoje, apercebendo-se donde está, dirá:
- Má q'jêtos?