quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A cada um aquilo que merece

É reconhecida pelo patronato estrangeiro a capacidade de trabalho dos portugueses. Todavia, no seu país, o português não passa de “carne para canhão” e é sempre considerado um “estorvo” para as empresas. Curioso, não acham? Pelo “pensamento portuga”, os empresários estrangeiros são todos uns falhados e os nossos é que são uns “barras” na matéria.
Um parente da minha esposa, ex-emigrante em França, ainda do tempo da passagem das fronteiras a “salto”, depois de reformado, contava uma história que devia entrar no ouvido dos nossos empresários bem como nos dos trabalhadores portugueses (ao Carvalho da Silva é inútil falar assim, ele não consegue apreender a “coisa”).
Dizia ele: _Ora, se eu ganho trezentos contos (era em França), tenho que produzir mensalmente para o patrão outro tanto mais uma quantia igual para ele cumprir com ordenados, impostos, segurança social e lucro da empresa e, quando há muito serviço, produzir um pouco mais ainda para a actualização e modernização da empresa nas ajudas a prestar ao pessoal (residência temporária quando as obras a efectuar se localizavam longe da sede), cantinas, dormitórios , actualização dos gabinetes de engenharia e escritórios, etc.
É tal e qual o “pensamento” reinante em Portugal, não acham? Enquanto assim for, nunca iremos a lado nenhum. E, o “patrão” mencionado, não tinha Porsche nem Ferrari bem como a esposa e filhos. Eram Peugeot e Citroen, modelos de média gama. Mas, tinham uma boa empresa com o nome limpo na praça o que atraía a freguesia.
Para quê tanta “mania” num país em desagregação moral e material, má q’jêtos?

2 comentários:

  1. faz-me lembrar o caso de uma "possivel" cliente que contactou o meu marido que instala sistemas solares para aquecimentos de agua que ficou de pensar... e ainda não acabou de pensar, mas e se fosse um carro xpto para pôr à frente de casa concerteza já tinha decidido...com esta mentalidade não se vai longe!

    ResponderEliminar
  2. No nosso paìs o lema é pagar o menos possível a quem trabalha. Não importam todos os estudos feitos por grandes economistas estrangeiros que aconselham as cabeças mandantes desta santa terrinha a subir um pouco mais os salários porque está provado que quem trabalha produz mais se tiver uma remuneração satisfatória.não... o que faz falta é topos de gama á porta das villas de luxo e outras benesses que tais para os directores gerais desta República das Bananas.O descontentamento está a crescer e os que estão a perder a casa porque não conseguem pagar a prestação e os que não podem comprar os medicamentos um dia vão dizer basta.

    ResponderEliminar