Furibundo, não falava a ninguém e os funcionários, com medo de represálias, calavam-se. Mas, sorrindo, sussurravam: Vai queixar-te à polícia! A partir desse momento, embora
sem gabardine nem óculos escuros, como antigamente, começou a haver “funcionários” que percorriam as várias secções com um papel na mão, para disfarçar, e ouviam o que os colegas diziam. Depois, reportavam ao “chefe”. Anos volvidos, esta técnica foi substituída por mini-gravadores colocados no topo de mobiliário com difícil acesso.
Outros tempos, outro partido político, outros autarcas democráticos, sempre a velha e
incontornável sombra da P.I.D.E. . E não me venham acusar de comunista porque não o
sou! Má q’jêtos?
Infelizmente nos dias de hoje as coisas continuam na mesma.No nosso país quem trabalha e é honesto nunca vai chegar a lugar nenhum, os informantes do papelinho continuam em grande forma, mas ainda se fossem contar a verdade, e não distorcessem a informação a seu belo prazer prejudicando quem leva dias sem levantar cabeça do trabalho. È que para os informantes poderem andar sem fazer nada, há os que têm que trabalhar por eles. È claro que quem trabalha não é conhecido das grandes chefias, sabem está a trabalhar, não tem tempo para andar a socialisar e a queixar-se que trabalha muito.Então não é conhecido e portanto não pode progredir na carreira.Agora quem se mostra muito, pois ena pá tem muito trabalho, coitado(a)! Vamos lá mudá-lo(a)de escalão!
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