domingo, 25 de janeiro de 2009

Ser bom Português...

Tendo contraído matrimónio com uma senhora portuguêsa por nascimento (mas porque raios, depois do acordo , temos que escrever as palavras como aqueles que adoptaram a nossa língua? Qualquer dia, autocarro é machimbombo) mas com a nacionalidade venezuelana, tivemos sempre o incómodo de visitar, quando necessário, a delegação do SEF e o consulado em Lisboa.
Um dia, a minha espôsa pretendeu tornar a mudar de nacionalidade, readquirindo a portuguêsa, pois até para ir a Ayamonte, tinha que se ir antes ao consulado espanhol em Vila Real de Santo António. Querias novamente a nacionalidade portuguêsa? Espera lá, que já vai. Ao fim de muitas visitas à conservatória do registo civil e de um montão de papelada a certificar os bens pertencentes ao casal, eis que a senhora doutoura requer um documento que, pura e simplesmente, o estado venezuelano deixara de emitir anos atrás. E “tá aí a porra”. Nem para trás , nem para diante. Era necessário, pela nossa lei, o registo criminal venezuelano. Como os nossos bandidos nem para aprendizes servem na Venezuela, o estado venezuelano, pura e simplesmente, deixou de o emitir. Fomos então aconselhados a mudar a sede de documentação para Loulé pois também temos bens nesse concelho.
Em Loulé, já sabiam que a Venezuela não emitia registos criminais mas… era preciso apresentar um extracto bancário “generoso”. Tivemos sorte. Adquiriram-nos um terreno e conseguimos um extracto bancário “generoso” antes de voltar a aplicar esse dinheiro pois, em Portugal, dinheiro no banco, para nós, povo, é o que presentemente se vê.
Conclusão: A minha mulher já é portuguêsa, o presidente venezuelano já não a chamará para cumprir o serviço militar e, acima de tudo, ficámos a saber que, tem que se ter bastante dinheiro. E a miséria que grassa no país? Má q’jêtos?

1 comentário:

  1. Amigo Luis, o resto do pessoal que habita Portugal não são Portugueses. São nortenhos, tripeiros, saloios, povo,provincianos, alentejanos e aqui no Allgarve somos marroquinos. Portugueses mesmo sò alguns de Cascais, alguns donos de hipermercados, alguns que tiveram a lata de enganar os provincianos, e os politicos, claro está. Ainda bem que você tinha vendido esse terreno senão a sua esposa agora era uma camarada bolivariana,chiça do que ela se livrou,lá tinha que andar de camisa vermelha e livrinho na mão, a bater palmas nas manifestações expontâneas organizadas com antecedência quando o nosso Só cretino lá vai fazer as suas negociatas. Agradeça ao terreno, agradeça.

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